aviso para curtir

domingo, 23 de março de 2008

O FORRÓ NASCEU EM PERNAMBUCO, FOI MODIFICADO E GANHOU O MUNDO

Por: Ed Cavalcante
Quando Luiz Gonzaga gravou “Dança Mariquinha”, no dia 11 de abril de 1945, na RCA Victor, iniciava-se com essa mazurca (Dança polonesa muito comum na época de Chopin, parecida com a quadrilha matuta) a saga do forró. O mestre de Exu começou a construir o que os pesquisadores chamam de “primeira geração do forró”, chamada de “pé-de-serra”. O forró pé-de-serra nasceu desplugado. Era apenas a zabumba, o triângulo e a sanfona tocada com som ambiente. Muitas festas no interior do nordeste eram animadas por trios com essa estrutura.
Quase quarenta anos depois, na década de 1980, outro pernambucano natural de Olinda, o Jorge de Altinho, provocou a primeira transformação no forró: quando gravou o seu primeiro disco ele introduziu um naipe de sopro nos arranjos, inaugurando assim a segunda geração do forró. Esse modelo seria copiado por muitos forrozeiros da época, dentre eles, Alcimar Monteiro e Novinho da Paraíba.


Dez anos depois, na década de 1990, na cidade de Fortaleza, um ex-árbitro de futebol, Emanuel Gurgel, criou um modelo de banda de forró que resiste até os dias de hoje. Começava com a banda cearense Mastruz Com Leite a terceira geração do forró: uma mega estrutura com músicos se revezado, figurinos trabalhados, enfim, um grande aparato de marketing. Depois do Mastruz Com leite, no ano 2000, surgiu uma cena universitária liderada pela banda Falamansa, que tinha como meta o resgate do forro pé-de-serra. Contudo, o movimento não vingou, a possível “quarta geração do forró” ficou pelo caminho. O que é inegável é que o forró nasceu em Pernambuco e ganhou o mundo. Viva Luiz Gonzaga!!!!!!!!